Dormir juntinhos, acordar com aquele bafinho gostoso de recém casados. Era isso que queria desde mocinha, mesmo tendo estudado e formado. E as coisas aconteceram como num sonho.
Ele todo controlado, um homem sério e disciplinado. Ela não era tão controlada. E era um pouco descolada, como diz a galera.
Saíram com os amigos e chegaram mais tarde que de costume na sexta. Dormiram apaixonados.
“Acorda, são sete horas” – disse o marido.
“Já vou...” – resmungou da cama.
“Anda, acorda! Daqui a pouco vai perder a hora.”
“Tá bom...”
“Olha que hoje não te levo hein... Anda logo, vai!” – e ele ainda estava deitado ao lado da esposa.
“Aham...” – aquele aham gostoso de sono.
“Acorda... vai perder a hora...”
“Tá bom...”
Ela nem sabia que estava respondendo, achava que era um sonho.
“Vai perder hora” – já controlando o relógio.
“Que horas são?” – perguntou a esposa.
“Sete e quinze já!” – da porta do banheiro.
“Mas meu dentista é as onze” – ela respondeu sonolenta.
“Eu sei, mas acorda pra ficar acordada já.”
“Hoje é sábado...” – ela disse e virou para dormir.
Ele insistia em acordá-la.
“Amor, são sete e meia” – gritou do banheiro.
“Tá bom...”
Ela virou para o outro lado da cama.
“Acorda amor, são quinze pras oito.”
“Uhum...” – aquele uhum gostoso de sono.
Ele já havia acordado, feito a barba, escovado os dentes. Voltou do banheiro e viu a esposa deitada.
“Oito horas!”
“Porra! Que merda! Me deixa dormir em paz” – perdendo a paciência. “Eu acordo mais tarde, pego o ônibus e vou.”
“Precisa acordar de mau humor?” – ele sem entender.
“E não tenho motivo?” – questiona a esposa.
“Calma amor... Tava chamando pra fazer o café” – esqueci de dizer, ele não sabe fazer café.
“Ah! Vai tomar banho! Por que não faz esse café e toma e para de me amolar? Puta que pariu!”
“Nossa, se soubesse teria deixado dormindo.”
“E devia mesmo! Saco!” – ela continuava deitada.
“Oito e vinte amor!”
“Cala a boca, porra!”
“Nossa! Já acorda assim... imagina à noite.”
(E é sábado de manhã isso.)
“Nem imagina. Vou tomar banho” – disse levantando da cama.
“Toma gelado pra economizar, tá bem?” – ele é muito sistemático, como dizem alguns parentes.
“Ah! Tá sim...” Ela parecia sem humor naquela manhã de sábado. “Vou tomar bem gelado pra ver se quando eu sair não enfio a mão na sua testa.”
“Enquanto isso vou assistir ao jornal da manhã” – ele já estava com a televisão ligada, sentado e esperando pelo café.
“Não me amolando...” – já com a toalha na mão e touca na cabeça.
“Amor?”
“Quê!” – parecia TPM.
“Esqueceu de me dar bom dia.”
12 comentários:
Kkkkkkkk... Menino, isso me soa tão familiar!!!!
Bem que ela podia ter enfiado a mão na testa dele desde o primeiro "Acorda..."
Beijos, Mina!
kkkkkkkk um sonho, ou pesadelo?
Ri horrores. beijocas
Putz!
Se ela tivesse acordado uns minutinhos antes dele e o despertado de forma, digamos, "alternativa", aposto que o dito cujo nem faria questão do café e passaria o dia com um sorrisão na cara.
Tudo é questão de presença de espírito...rs
Beijo.
ℓυηα
"Tudo é questão de presença de espírito...rs"²
A fome às vezes é outra...
:)
Gostando muito de te ler por aqui, Márcio. Continue! Continuarei!
Abraços, cara!
Sonho???
Sei não...rs.
BEijos!
Seria um sonho ou um pesadelo, para mim quando dormi pela primeira vez com a minha amada foi o sonho mais belo da minha vida,
Abraços
Santa Cruz
A vida como ela é.
BeijooO*
vida longa ao bafinho gostoso
Uma bela postagem, um tanto qto verdadeira, positiva, real, uaauuu há coisas q não há pq dize-las, vc foi legal uma bela postagem, merece receber bjos, bjos e bjossssssssss
Valeu galera!
Agora, só uma coisinha, como vocês pensaram em sacanagem aqui?
Pois é,querida.
A sina do príncipe é virar sapo. rsss bjks
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