Sempre escrevi sobre a vida alheia, a mulher dos outros.
Hoje decidi escrever um pouco sobre mim. E também sobre a verdadeira mina do
cara.
A vida parece ser uma brincalhona, apresenta-nos ideias e
situações para nos colocar no nosso devido lugar. E nada de achar que a vida é
nossa, nós que decidimos tudo.
Eu sou uma pessoa muito agitada, sempre a mil por hora,
sempre pontual; dormir à tarde é tão raro em minha vida quanto ver uma estrela
cadente.
Já a Lívia é o contrário: o contrário da agitação, nem um
pouco pontual; dormir à tarde é um sonho, se pudesse era sempre.
Eu nasci pra praticar esportes, já joguei futebol, basquete, vôlei, ando de
skate longboard (até com minha cachorra na coleira), adoro pedalar - trilhas e
asfalto -, pratico Kravmagá há anos e detesto faltar aos treinos; sem contar as
caminhadas e corridas com a Lara.
A Lívia é justamente o contrário. Já nadou mas não nada
mais. Não é ligada aos esportes. De vez em quando caminhamos com a Lara. Fora
isso... nada de esporte.

Eu sou leitor de literatura e adoro ler livros, já a Lívia
nem tanto. Eu sou professor de português (pelo amor de Deus, não contem a
ninguém) e a Lívia é professora de biologia (a mais querida da escola). Ela tem
vontade de fazer mestrado e doutorado; eu não, não nasci pra academia nenhuma.
É claro que escrevo aqui situações opostas para ilustrar como
a vida é engraçada. Nós dois somos parecidos em algumas coisas, porém muito
diferentes em muitas outras. Eu sou a favor da legalização da maconha, ela acha
que tem que ver. Eu queria que meu filho não precisasse frequentar escola, ela
discorda disso.
Entre diferenças está nosso amor, o respeito, a amizade, o
companheirismo. Entre todas as nossas diferenças está a vontade de ficarmos
juntos, construirmos e dividirmos um lar. Para isso que existem as semelhanças
e diferenças, para nos encontrarmos, nos balancearmos.
Já pensou que chato seria se ela risse de todas as minhas
piadas sem graça. Por exemplo, hoje fomos a um restaurante com outros
professores, ela bebeu cerveja e eu não. Agora ela está aqui ao meu lado,
dormindo com dor de cabeça, amanhã estará de ressaca, e eu não. Veja o lado
positivo.
É justamente por haver diferenças que aprendemos a conviver
com as pessoas, a respeitar, a amar. O amor é isso, aceitar que duas pessoas
diferentes são capazes de conviver numa boa.
Amar é: escrever uma crônica de amor enquanto sua
mulher ronca ao seu lado.
6 comentários:
ô.. que bonito, moço!
Que lindos
E você me ama assim, do jeito que eu sou. E eu te amo, um pouquinho mais....
Pois é, abri meu coração enquanto A Mina do Cara estava dormindo depois umas cervejinhas a mais...
Um beijo e um abraço e nunca se esqueça: A Mina do Cara te ama!
Difícil falar de si mesmo, né?
Curti o teu blog, Cara!
Visite o meu!
Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens
é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
Eu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita.
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