Muito se diz
hoje em acesso ao poder, e cada vez mais as minorias têm tido poder. O poder
está nas palavras, nas ações, nas formas de falar e agir. O discurso daqueles
que defendem as minorias tem as palavras certas, as expressões certas, o jeito
certo de falar e ser compreendido.
Nós utilizamos
a linguagem como meio de chegar aos objetivos, nós precisamos conhecer as
palavras certas para chegar ao eleitorado. Ao abordar uma pessoa na rua,
dependendo das palavras utilizadas, conseguimos saber tudo sobre ela. É um
exemplo individual, eu sei, porém conhecendo cada um chegamos ao povo.
O povo não
nasceu para o poder. O povo é o povo, ele precisa de governantes, precisa de
pessoas certas para indicar as opções corretas. E nós somos as pessoas corretas
para isso. Somos nós quem vamos governar o povo e fazer as escolhas certas.
Vamos utilizar
as palavras certas, vamos fazer os mais belos discursos, propagandas. Nossa
linguagem será simples e direta, nada de palavras difíceis, discursos
complexos. Utilizaremos a linguagem do povo, falaremos diretamente ao povo.
Nós faremos o
possível para continuar aqui o poder. Nós temos as mídias. Passaremos
inaugurações no jornal do meio dia, discursos na periferia no jornal da noite.
Manteremos a equipe de mídia sempre trabalhando. Manteremos o poder conosco, e
isso com muito esforço, muita garra, e com as palavras certas.
O pensamento
precisa ser claro, o discurso precisa ser direto. O eleitor precisa acreditar,
precisa sair convencido de que a melhor opção somos nós. Somos a esperança
deles.
Pensem o
seguinte: nós moramos em um local com limites para impedir o acesso ao poder;
esse limite é a linguagem. Não podemos deixar os caipiras chegarem ao poder, os
pobres com a linguagem deles. Por isso nós estamos falando a linguagem deles,
para eles não chegarem aos nossos lugares.
Nossa tarefa é
fazer o melhor trabalho possível para continuarmos no poder. E continuando no
poder, continuaremos escolhendo as melhores opções.
Enquanto nós
estivermos no comando, enquanto nós detivermos o poder da linguagem, nós
faremos as escolhas. Continuaremos falando a linguagem deles, com eles.
Manteremos nossos postos. Utilizaremos a linguagem como um arame farpado para
bloquear o acesso ao poder.
Márcio
AF Souza é cronista,
autor de “A comédia da vida alheia”.
2 comentários:
MINA CARA.
Ou seja, o povo é este subnitrato de pó de fezes elevada a enésima categoria dos descartáveis mais tóxicos e indesejáveis.
A lama e os porcos que nela chafurdamos,a bolacha roubada do pacote, a gota d"água que faltava para o derradeiro tsumani destruidor que semeamos no país e estragamos tudo pela nação à fora.
Empatamos as negociatas -nem tanto-somos merecidamente saqueados pelos públicos e privados poderes e sem nenhuma razão e injustos motivos ainda, pensamos em nos aposentar no fim da vida.
Absurdo, e então nos colocam no lugar devido correta e severamente adjetivados pelo Exmo. Sr. Presidente.Magistrado Maior e, sobre o qual não resta a menor dúvida de VAGABUNDOS!!!
Hasta la vista e um abração carioca.
↓
Ao 'Pó vo'u, vamos!
:o)
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