24 de out. de 2009

Um sábado ensolarado

Nossa, estou indignada. E veja se não tenho motivo. Tava lá com o menino hoje cedo, acordei... naquela espectativa né. Trabalhar a tarde toda. Fazer um sexozinho logo cedo e passar o dia numa boa. Mas não!

Ele gozou e eu não! Não, vê se pode isso!

"E você ficou puta por isso?", perguntou Flávio.

Claro que sim! Que isso, quantas vezes eu tô bêbada e ligo pra ele, e vou lá, aguento firme até! E ele vem com essa agora!

"E vocês não vão namorar?", perguntou Flávio.

Ele quer. Ele é todo apaixonadinho. Mas eu não quero. Ah não! Assim tá bom demais! Quando eu quero vou lá, ligo pra ele e pronto.

Acredita que um dia ele ficou tão puto comigo que falou assim: você dorme aqui e à noite sai e fica com outro.

"E você?"

Nada, nem respondi. Nosso caso tem um ano e meio mais ou menos. Nós ficamos sem compromisso nenhum. Nenhum mesmo! Ele não pergunta se eu fico e eu também não pergunto nada dele. Não quero saber. Nunca perguntei. O cara tá comendo. Vai reclamar?

E hoje que eu dormi lá e o pai tava com a irmã na sala. Acordei e vi os dois. Ele logo veio dizendo que íamos almoçar com a mãe dele; os pais são separado. Gelei na hora! Até chorei dizendo que não podia ir. Juro!

Uai, tive que ir né.

A mãe dele já veio falando comigo para viajar com eles no próximo feriado. Gente finíssima comigo, tinha que ver. Me apresentando pra todo mundo como a nova namorada do filho. E eu ali, sem saber onde enfiar a cara.

Não, e ele ali numa boa, só curtindo a mulherada mexer com ele, dizer que conhecia desde pequenininho, que crescera bastante, estava bonito, forte, devia ter mais de uma namorada, que tinha que namorar bastante mesmo, que ele era muito bonito.

Ai que raiva!

Vou atender ali. Depois conversamos.

"Vou dar um mergulho", disse Flávio ao sair.

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