13 de mar. de 2013

Jack Esparro em Olha a merda que deu! (17)


Não sei como não saí dessa balada carregado pelos amigos, com os olhos roxos, os seguranças ligando para a polícia. Essa noite o bicho pegou!

Era sexta à tarde, esperando pelo happy hour, olhava para o relógio a cada cinco minutos e pensava, essa noite o bicho vai pegar! Nada poderia dar errado. Pegaria a Nanda com certeza. Sou apaixonado por aquela mulher.

Fomos tomar chope antes de ir pra balada, e eu mais quatro amigos, tomamos mais de quarenta canecas de chope. Depois do décimo eu disse aos amigos, essa noite o bicho vai pegar, eu e a Nanda vamos nos amar.
Todos riram e disseram, você vai apanhar igual cachorro de rua. Respondi, por isso estou bebendo muito, para nem sentir. No fundo eu falava isso achando que nada aconteceria.

Chegando eu vi uma fila enorme pra entrar, bêbado nenhum gosta de ficar em fila. Mas ficamos, todos rindo e falando alto. Contei uma piada de sacanagem e o cara da minha frente falou, só porque você não tem mulher fica falando essas merdas aqui, respeita. E nisso emendei, fica na sua seu corno manso.

Ele me deu um soco de raspão, consegui desviar e meus amigos separaram. Fui até o segurança e falei, está vendo isso, o cara me deu um soco e eu tenho que ficar na fila ao lado dele, libera aí. O segurança me encarou e disse, vai para o fim da fila que ele não perturba.


Voltei ao meu lugar na fila e entramos. Fui direto pegar uma gelada. Lugar cheio, todo mundo se acotovelando para pegar bebida, para andar.

De repente meu coração dispara, era ela, Nanda. E estava nos braços de alguém. Era ela, de costas para mim, abraçada. Aquelas costas inconfundíveis, aquele cabelo inconfundível, aquela musa inconfundível.

Não aguentei e fui lá, tirar satisfação. Cheguei tirando-a dos braços dele, dando um soco na cara dele, puxando-a pela mão gritando, eu tenho uma coisa pra falar. Ela relutava e eu a trazia e gritava, eu tenho uma coisa pra falar, vem comigo Nanda.

Ela empacou, soltou minha mão, me deu um tapa e disse, eu não sou Nanda, não te conheço, some daqui pra não morrer te tanto apanhar seu babaca! Ela nem terminara de dizer babaca e eu já estava levando um soco na cara, do cara da fila. Tonteei e nisso veio o cara da mina e começou a me bater. Eu nem sei se foi soco ou chute. Depois que eu apanhei bastante que apareceu um segurança e separou.

Sentado numa cadeira na porta da balada, olhando para o chão, louco para não aparecer um conhecido e perguntar o que aconteceu comigo. Pensando, olha a merda que deu.

Aparece em minha frente um pé de mulher, com as unhas pintadas, e para na minha frente. Ouço, o que houve Jack? Amor! O que houve foi excesso de amor! Fiquei cego, confundi, troquei as bolas, sei lá...
Jack, sou eu, Nanda; vamos, te deixo em casa.

Fui.

Se isso não fosse um sonho eu já estaria no lucro.

Fui.

Um comentário:

Lê Fernands disse...

sorte sua!

rsrsrs




bj meu